Primeira Revolução Industrial
Antes do século XV
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Durante o século XV
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Segunda metade do século XVIII
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Produção artesanal
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Produção manufatureira
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Produção maquinofatureira
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A mesma pessoa executava todas as
etapas do trabalho
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Divisão do trabalho: cada pessoa
executa somente uma tarefa
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Trabalhador opera a máquina e ela
produz a mercadoria
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Trabalhador começava como aprendiz e
evoluía para mestre
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Produção mais acelerada
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Aumento de produção e redução de
custos geram maior lucro
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O que foi a Revolução Industrial?
O homem troca o dia de sol e as
estações do ano, pelo relógio da fabrica.
Um processo de transformações
econômicas e sociais caracterizadas pela aceleração e desenvolvimento do
processo produtivo e pela consolidação do modo de produção capitalista. Foi o período do crescimento das
cidades e da população urbana.
As características do novo sistema de
produção eram:
-
a separação entre capital e trabalho, pois o dono dos meios de produção era o
capitalista, e não o trabalhador;
-
o trabalhador vendia sua força de trabalho em troca de um salário;
-
a produção passou a ocorrer em grandes fábricas, e a produção familiar decaiu;
-
o aumento da produção em larga escala barateou os custos, e assim um número
maior de pessoas tinha acesso aos bens de consumo;
-
a produção industrial era concentrada em centros urbanos;
-
aumentou a demanda de novos mercados e matérias-primas.
O pioneirismo inglês
A Inglaterra era uma potência
econômica e militar, pois controlava colônias na África, Ásia e América, que
forneciam matéria-prima barata e consumiam produtos ingleses, também tinha
poderosa frota naval e era rica em jazidas de ferro e carvão.
Outro fator que contribuiu para o
progresso industrial foi a implementação, desde a Revolução Gloriosa, de um
regime político voltado aos interesses burgueses.
A Divisão do trabalho foi importante para o desenvolvimento
industrial.
'Um
operário desenrola o arame, um outro o endireita, um terceiro o corta, um
quarto faz as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do
alfinete; para fazer uma cabeça de alfinete requerem-se 3 ou 4 operações
diferentes; montar a cabeça já é uma atividade diferente, e alvejar os
alfinetes é outra; a própria embalagem dos alfinetestambém constitui uma
atividade independente. Assim, a importante atividade de fabricar um alfinete
está dividida em aproximadamente 18 operações distintas [...]. Por conseguinte,
essas 10 pessoas conseguiram produzir entre elas mais de 48 mil alfinetes por
dia [...]. Porém,se tivessem trabalhado independentemente um do outro,
certamente cada um deles não teria conseguido fabricar 20 alfinetes por dia.
" Adam Smith. A riqueza das nações.
O mundo do trabalho
Na década de 1830, a cada quatro
trabalhadores nas fábricas, havia: 1 homem adulto, 1 mulher e 2 crianças ou
adolescentes. Todos trabalhavam em ambientes insalubres.
Homens e mulheres, sempre ameaçados do
risco de desemprego, aceitavam aumento de jornada, pagamentos injustos e até
diminuição de salário.
As crianças, trabalhavam a partir dos
7 anos. Eram castigadas se cometessem erros. Tinham jornada de 6 dias por
semana e de 12 a 15 horas por dia. recebiam salário de aprendiz, o menor de
todos.
As fabricas geralmente estavam sujas,
havia pouco espaço para circulação de ar e pessoas. ocorriam acidentes e mortes
nas máquinas.
Só era permitido parar de trabalhar no
jantar (fora isso, comia-se enquanto se trabalhava). As pessoas adoeciam de
cansaço e má alimentação.
Entrevista realizada com o pai de duas meninas menores de idade à
época:
“1.
Pergunta: A que horas vão as menores à fábrica?
Resposta:
Durante seis semanas foram às três horas da manhã e voltaram às dez horas da
noite.
2.
Pergunta: Quais os intervalos concedidos durante as dezenove horas, para
descansar ou comer?
Resposta:
Quinze minutos para o desjejum, meia hora para o almoço e quinze minutos para
beber.
3.
Pergunta: Tinha muita dificuldade para despertar suas filhas?
Resposta:
Sim. A princípio, tínhamos que sacudi-las para despertá-las e se levantarem,
bem como vestirem-se antes ir ao trabalho.
4.
Pergunta: Quanto tempo dormiam?
Resposta:
Nunca se deitavam antes das onze horas, depois de lhes dar algo que comer, e
então, minha mulher passava toda a noite em vigília ante o temor de não
despertá-las na hora certa.
5.
Pergunta: A que horas eram despertadas?
Resposta:
Geralmente, minha mulher e eu nos levantávamos às duas horas da manhã para
vesti-las.
6.
Pergunta: Então, somente tinham quatro horas de repouso?
Resposta:
Escassamente quatro.
7.
Pergunta: Quanto tempo durou essa situação?
Resposta:
Umas seis semanas.
8.
Pergunta: Trabalhavam desde as seis horas da manhã até às oito e meia da noite?
Resposta:
Sim, é isso.
9.
Pergunta: As menores estavam cansadas com esse regime?
Reposta:
Sim, muito. Mais de uma vez ficaram adormecidas com a boca aberta. Era preciso
sacudi-las para que comessem.
10.
Pergunta: Suas filhas sofreram acidentes?
Resposta:
Sim, a maior, a primeira vez que foi trabalhar, prendeu o dedo em uma
engrenagem e esteve cinco semanas no hospital de Leeds.
11.
Pergunta: Recebeu o salário durante esse tempo?
Resposta:
Não, desde o momento do acidente, cessou o salário.
12.
Pergunta: Suas filhas foram remuneradas?
Resposta:
Sim, ambas.
13.
Pergunta: Qual era o salário em semana normal?
Resposta:
Três shillings por semana, cada uma.
14.
Pergunta: E quando faziam horas suplementares?
Resposta:
Três shillings e sete pences e meio.”.
(NASCIMENTO,
Amauri Mascaro, “A indignação do trabalho subordinado”, IN: Curso de Direito do
Trabalho, Saraiva, São Paulo,1992, pág. 11-12.)
A
Revolução Industrial representou uma ruptura das relações tradicionais com o
mundo, a produção e o tempo. Essas transformações podem ser compreendidas a
partir do texto:
É possível que os primeiros tecelões
que trocaram suas oficinas pelo trabalho fabril não tenham compreendido o
processo de transformações radicais do qual faziam parte. Não se tratava
simplesmente de modificar uma técnica produtiva ou uma forma de trabalho, era
uma ruptura com suas relações tradicionais com o mundo, com a produção e com o tempo.
[...] Transformado em operário fabril,
o antigo artesão ou agricultor não dispunha mais dos meios de produção –
ferramentas ou terra. Despossuído, ele tem que vender sua força de trabalho ao
industrial, que a compra por um salário que é seu sustento e o de sua família.
A partir de então a relação com seu ofício não é mais material e concreta, mas
abstrata, intermediada pela máquina e pelo dinheiro. O operário não trabalha
para produzir um bem que lhe pertença, e por meio de cuja venda sobreviva, mas para
receber o salário – calculado sobre uma quantidade determinada de tempo de
trabalho. Nessa nova relação produtiva configura-se a jornada de trabalho.
[...]
Assim, passam a existir uma nova
dimensão e um novo sentido do tempo na produção capitalista industrial – ele
passa a ter um valor comercial mensurável em dinheiro – representando salário
para uns e produtividade para outros. A relação do trabalho com a jornada se
torna tão íntima que os operários passam a ser distinguidos como de tempo integral
ou de meio período. Não é mais o ofício que o distingue, mas o tempo que dedica
a ele. Maria Cristina Castilho Costa. A milésima segunda noite. São Paulo:
Annablume, 2000. p. 80-81.
As reações dos trabalhadores (Ludismo, Cartismo
e Sindicalismo)
Reivindicações
Burgueses (burgo)
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Proletários
(proler)
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leis
para punir o abandono de emprego
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melhores
condições de trabalho
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punição
da mendicância
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fim
da exploração
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trabalho
forçado nas workhouses
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fim
da invenção de novas máquinas
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Ludismo
Início com Ned Ludd em 1811,
trabalhadores invadem fábricas e destroem os equipamentos, inicia-se na
Inglaterra e espalha-se pela Europa.
Conforme o texto mostrou-se um
movimento mais disciplinado:
O ludismo subsiste na mentalidade
popular como um caso estranho e espontâneo de trabalhadores manuais e
analfabetos, resistindo cegamente às máquinas [...].
Os principais distúrbios começaram em
Nottingham, em março de 1811. Uma grande manifestação de malharistas, ‘gritando
por trabalho e um preço mais liberal’, foi dissolvida pelo Exército. Naquela
noite, sessenta armações de malha foram destruídas na grande vila de Arnold por
amotinados que não tomaram nenhuma precaução em se disfarçar e foram aplaudidos
pela multidão. Por várias semanas, os distúrbios continuaram, principalmente à
noite, por todas as vilas de malharias do noroeste de Nottinghamshire. Embora
polícias especiais e tropas patrulhassem as vilas, não se conseguiu fazer
nenhuma prisão [...].
Mas no início de novembro de 1811, o
ludismo mostrou-se sob uma forma mais disciplinada [...], continuou
ininterruptamente até fevereiro de 1812 [...]. No final de dezembro [...] cada
ataque reservava planejamento e método: só quebravam armações dos que tinham
reduzido o valor dos salários dos empregados; os que não tinham baixado o valor
ficaram com as armações intactas [...]. E. P. Thompson. A formação da classe
operária inglesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. v. 3. p. 124-126.
Cartismo
Em 1830, William Lovett fundou a
Associação dos Trabalhadores com o objetivo de organizar a classe operária,
procurando melhores condições de vida. Publicou uma carta reivindicando:
direito de voto e secreto, com eleições todos os anos e limitando a quantidade
de mandatos políticos, igualdade dos distritos eleitorais e diminuição da
jornada de trabalho.
O Parlamento britânico negou-se a
aprovar as reivindicações dos trabalhadores. Diversas prisões foram efetuadas e
manifestações, reprimidas violentamente. Cartismo foi o percussor dos sindicatos
Os sindicatos e as organizações de trabalhadores
para auxílio mútuo unificavam as formas de luta e a reivindicação de direitos e
proteções legais. Usam as greves, como principal forma de reivindicação, pois
se os operários não trabalham, não há produção, sem produção, não há lucro, sem
lucro, os burgueses atendem aos pedidos dos operários. Videos sobre a Revolução Industrial
Inicio da Revolução Industrial, explica as mudanças no modo de produção.
Desenho ilustra todo o processo da Primeira Revolução Industrial